Experiências no ensino remoto emergencial

intercorrências e (im)previsibilidades amparadas pelo pensamento complexo

Autores

Palavras-chave:

Ensino Remoto Emergencial;, Tecnologias Digitais, Formação de Professores

Resumo

O Ensino Remoto Emergencial (ERE) tem sido a alternativa para muitas universidades públicas federais, desde as orientações normativas do Ministério da Educação (MEC), diante da rápida infecção pelo novo Coronavírus (COVID-19). Assim, nossa proposta, neste artigo, é apresentar, por meio de uma reflexão crítica, considerações sobre a aplicação e o uso de tecnologias digitais no ERE, como forma de contribuir à formação de professores para contextos diversos, considerando nossas experiências de ensino-aprendizagem durante esse período. O percurso teórico-metodológico deu-se na interface entre Teoria da Complexidade, conforme proposta por Morin (2007) e Moraes (2007) e o viés dos estudos do Letramento Digital, segundo Soares (2002, 2014) e Multiletramentos, de acordo com Coscarelli (2007). Como resultados, entendemos que as tecnologias digitais podem servir de trampolim à prática docente no período ERE, mas requer um pensamento sistêmico com vistas ao pensamento complexo a fim de dar conta das intercorrências e imprevisibilidades emergentes.

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Biografia do Autor

Lucas Rodrigues Lopes, Universidade Federal do Pará

É licenciado/bacharel em Letras Português/Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS) (2007), mestre em Linguística, área de concentração - Estudos Linguísticos, linha de pesquisa - Linguagem e Discurso - pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (2010) e doutor em Linguística Aplicada, área de concentração Linguagem e Sociedade, linha de pesquisa - Linguagens, Culturas e Identidades, pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) (2018). Atualmente, é professor do curso de Letras - Inglês na Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campus Universitário do Tocantins/Cametá, membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Letras - Inglês e pesquisador do Grupo de Pesquisa Estudos do Discurso, Sentido, Sociedade e Linguagem (DISENSOL) (CNPq/UFPA). Foi professor de nível superior tecnológico do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS), ministrando a disciplina de língua inglesa aos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão da Produção Industrial, Gestão da Tecnologia da Informação e Mecatrônica. Também, foi docente B1 da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS), onde ministrou disciplinas nos cursos de Letras, Turismo, Hotelaria e Direito. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: autoria, ensino de línguas, discurso, educação, discurso pedagógico e tem adotado o viés dos estudos do discurso, da psicanálise e da desconstrução para estudar políticas de exclusão ou inclusão de moradores de rua; tema central de sua pesquisa no doutorado

Cátia Veneziano Pitombeira, Universidade Federal de Alagoas

Doutora e mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, ambos na linha de pesquisa de Linguagem, Tecnologia e Educação. Graduada em 1992 em Letras: Português/Inglês com habilitação em Tradução e Interpretação pela Faculdade Ibero-americana e em 1993 em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pelo Instituto Metodista de Ensino Superior. Atuou no curso de Letras da PUC Campinas de 2014 a 2016, na graduação da FATEC Praia Grande por 6 anos. De 2012 a junho de 2013 atuou como coordenadora geral de tutoria do curso Inglês Online da EVESP/SEE e Fundação Padre Anchieta. Foi professora de língua inglesa na graduação da Universidade Metodista e coordenou os cursos presenciais de Letras e Tradutor e Intérprete por 6 anos e o curso de Letras a distância por 1 ano. Lecionou no ensino fundamental e médio dos colégios Metodista de São Bernardo do Campo e São Vicente de Paula.Atualmente é professora efetiva de Linguística Aplicada e ensino de língua inglesa na Universidade Federal de Alagoas na FALE e realizou a coordenação pedagógica de Inglês do Programa de Línguas Estrangeiras no Interior em 2019 e do Idiomas sem Fronteiras em 2020. Estuda a teoria da complexidade, a formação tecnológica, o desenho de material didático para o ensino de línguas em contexto presencial e a distância, educação crítica e multiletramentos participando dos grupos de pesquisa: Letramentos, Educação e Transculturalidade (UFAL), Observatório da língua em uso (UFAL) e Elang (UNICAMP).

Referências

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Publicado

2021-06-09

Como Citar

LOPES, L. R.; PITOMBEIRA, C. V. Experiências no ensino remoto emergencial: intercorrências e (im)previsibilidades amparadas pelo pensamento complexo. Revista Processando o Saber, v. 13, p. 229-238, 9 jun. 2021.